Conhecimento

Um incentivo para não desistir da educação

Alunos do EJA expõem seus trabalhos de iniciação científica que visam colaborar de alguma forma com a sociedade; a iniciativa é uma maneira de estimular a permanência nos estudos

Carlos Queiroz -

O desenvolvimento da pesquisa científica foi o foco do Seminário de projetos dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Sesi Pelotas. Nesta terça-feira (13), 60 trabalhos foram apresentados com o objetivo de mostrar como as novas tecnologias podem ser introduzidas no cotidiano para encontrar soluções que atendam às demandas da sociedade contemporânea. O evento teve início às 16h e foi finalizado às 22h, com a entrega de um troféu para o aluno destaque. Todos os participantes receberam medalhas.

Desde o semestre passado, os alunos do EJA desenvolvem atividades que se relacionam com o mundo do trabalho. Para que todo o aprendizado não fique restrito à sala de aula, a maneira encontrada foi promover a mostra. A ideia é de que, já no Ensino Fundamental, eles passem pela iniciação científica, como ocorre nas universidades. Assim, eles podem dar continuidade aos projetos no futuro. Os temas abordados - de livre escolha - vão desde meio ambiente e sustentabilidade, até mobilidade e acessibilidade. Banners mostravam as metodologias aplicadas e, através da robótica e da reutilização de materiais, os estudantes almejam a contribuição social e o investimento para melhorar o funcionamento das indústrias.

O público é diferenciado. As turmas de acadêmicos são compostas, majoritariamente, por trabalhadores da indústria e da construção civil. Muitos não tiveram acesso à educação quando jovens. Por isso, é possível entender a importância de expor seus trabalhos. A vice-diretora, Letícia Corrêa, explica que essa é uma forma de empoderamento e ajuda a manter a autoestima, proporcionando uma visibilidade dentro da sociedade. Além disso, serve como incentivo para não desistir dos estudos. O evento tem, portanto, seu valor por representar esta luta. "Eles são guerreiros", afirmou.

As ideias colocadas em prática
Caixas de leite, plástico e pneus foram reaproveitados e utilizados para criar novos objetos. A segurança no trabalho foi abordada no projeto de Adriellen dos Santos, Mauro Corrêa, Jennifer Oliveira e Vinícius Freitas. Com uma maquete, eles mostraram trabalhadores em zonas de risco. O intuito, segundo Adriellen, é conscientizar as empresas a cuidarem dos seus funcionários. "O Brasil é o quarto país com mais acidentes no mundo", justificou.

Já Dirlene Ferreira, que cursa o segundo ano, mostrou seu projeto feito com garrafas pet. Com elas, estufas podem ser criadas e os agrotóxicos deixam de ser usados. Acompanhada da filha, ela contou que foi bem interessante fazer algo que "ajuda a todos e ao meio ambiente". Segundo a vice-diretora, as ideias apresentadas na feira são passíveis de ser aplicadas. E, o mais importante: "os estudantes acreditam nelas".

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